Tuesday, September 12, 2006


Se deja el corazón viviendo
amando acaso,
sobre una puerta,
musitando.

Se deja el corazón
sobre la corteza de un árbol,
con flecha atravesado,
muriendo.

Se deja la vida
en el empeño
empeñados acaso
sin vivir, muriendo un poco,

cada instante muriendo.

3 Comments:

Blogger Zénite said...

Corações à deriva,
ao sol, à chuva, ao vento,
por sobre muros, árvores e pedras,
por vezes por sobre a terra, como semente
pulsando em puro êxtase,
amando sempre… e em
"cada instante muriendo".

Permite-me que termine assim, com o teu último verso, tão belo quão triste.

12:39 AM  
Blogger Concha Pelayo/ AICA (de la Asociación Internacional de Críticos de Arte) said...

Cada instante muriendo

resucitando al tiempo

y dejarse morir

viviendo

2:42 AM  
Blogger margarida said...

Há um medo antigo que nos faz fugir sempre. E procurar sempre... e a vida é demasiado breve para tamanha procura.

"Cada instante morrendo".

Cravando-nos a memória de pedaços de vida.

11:17 PM  

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